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Barra Longa está em festa...

A preparação para a comemoração do dia de São José, Padroeiro da cidade, já começou.

A programação envolve atividades religiosas e apresentações culturais em todos os dias da novena com participação da comunidade.

A novena começou no dia 10 e termina no dia 19 de março, grande dia da festa de São José.




Como eram as Festas de São José em Barra Longa

Texto escrito por Margarida Maria Siqueira Pereira e descrito por
Helena Siqueira Monteiro, em 23/08/2010, a pedido da Casa da Cultura



Por volta do ano 1950 começou a festa de São José aqui em Barra Longa. Nesta época o festeiro era o Sr. Benjamim Alves Siqueira, que tinha o apelido de Sr. Beijo Siqueira.
A festa começava a ser preparada 03 (três) meses antes da data, quando o Sr. Beijo saía a cavalo visitando os fazendeiros de toda a região para recolher donativos para a festa. Ele saía de casa na segunda-feira, dormia durante a semana nas fazendas por onde passava e só voltava na sexta-feira.
Dentre os donativos estavam porcos, bezerros, galinhas e até ovos. As ofertas eram de acordo com as possibilidades de cada devoto de São José.
Tudo era aproveitado para a festa. Os porcos e bezerros eram colocados em um cercado que faziam perto da igreja para o leilão que acontecia no dia da festa. Os ovos eram usados na confecção de salgados e quitandas que eram feitos durante uma semana na casa do Sr. Beijo. Eram feitos pelas filhas Helena e Alzira que contavam com a ajuda de várias pessoas. Eram feitas roscas, rosquinhas, bolo, bolo de arroz, quecas, brevidades, pão-de-ló, broinha de tigela, broinha de melado, biscoito de polvilho e mais uma grande variedade de biscoitos. Estas quitandas eram para o café que era oferecido às bandas de música e pessoas que acompanhavam a alvorada que começava às 05:00 horas da manhã. Eram tantas pessoas que tomavam o café na casa do Sr. Beijo que ele construía, sobre cavaletes, uma mesa improvisada com tábuas.
No começo as festas aconteciam no dia 19 de março, depois em datas apropriadas, inclusive no ano em que pegou fogo na antiga Casa Paroquial, a festa aconteceu no dia 30 de julho daquele ano.
A festa era muito animada. Durante a novena vinham padres e seminaristas para ajudar o padre da época, Pe. José Epifânio Gonçalves. Durante a novena a igreja ficava lotada de fiéis e após a reza a banda de música São José tocava abrilhantando a festa enquanto fogos de artifícios iluminavam as noites da pequena cidade.
O fogueteiro que confeccionava os fogos era da cidade de Alvinópolis e se chamava Sr. Landulfo. Com ele vinham ajudantes que ficavam durante a novena montando os fogos que iriam animar ainda mais as festividades. Eles ficavam hospedados na casa do Sr. Beijo que os tratava com muito respeito.
Durante a novena, ao meio dia, repicavam os sinos e soltavam foguetes, com se fosse uma alerta para a noite.
Os fogos que soltavam no dia da festa eram de várias modalidades como: combate naval, girândola, coroas, estrelas, bicicletas com bonecos montados. Alguns destes fogos eram colocados no campo de futebol e no morro do cemitério por serem mais perigosos.
No dia da festa, além da banda de música São José, daqui de Barra Longa, vinham também bandas de músicas de Mariana e de Santa Cruz do Escalvado. As bandas se reuniam na porta da igreja onde tocavam fazendo retreta e o povo, feliz, aplaudia.
No dia da festa toda a família do Sr. Beijo ficava envolvida. Os homens, as mulheres e até as crianças, que aproveitavam a oportunidade para vender laranjas na porta do quartinho que tinha ao lado da casa. As crianças tanto vendiam como chupavam as laranjas. Era bom demais!
Quando chegavam os fazendeiros, que vinham a cavalo, deixavam os seus animais no quintal da casa do Sr. Beijo, que recebia a todos os colaboradores com muito carinho. A casa ficava repleta de gente, pois alem dos convidados, tinham os filhos do Sr. Beijo que vinham para a festa e traziam toda a família.
No café era servido: café, café com leite, queijos, manteiga e as quitandas feitas com antecedência. Tudo era fruto de doações. Era muita fartura e era bom demais!
A casa ficava sempre cheia o dia todo recebendo os devotos de São José que vinham de toda a região para participarem da maior festa da cidade: A Festa do Padroeiro São José.







1 comentários:

São José...São José..me arruam um emprego São José.

16 março, 2011  

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